sábado, 19 de julho de 2008

BRAINSTORMING 2

Entrar em um mundo sem ficção não é tão difícil quanto pescar sem ter um chapéu ao lado do bar de vidro com janelas ao luar infectado por baratas ao sol ardente com pasta em nível superior de mordidas de chocolate ou até mesmo com cheiro de livro velho para se evitar a fadiga nuclear através de uma simbiose de sentimentos sem emoção mas com razão na forma de se pular de uma ponte, pois o chão o espera tão seco quanto um copo de meia tigela prestes a entrar em erupção cantando algo sublime de cereja editada no próprio modo de agir pela sociedade que esta prestes a te ver sucumbir perante quem não espera um dia melhor, uma nuvem mais branca de algodão de veludo plastificado para não perder a etapa da industrialização e nem o logotipo que dão o “verdadeiro” sabor de inverno ao que se procura, a informação nutricional não importa,tudo engorda por isso não há diferença em comer grama e comer Nescau se no final de tudo nada acontece ao garoto que anda de bicicleta que não usa capacete de segurança, diferente do outro que se machuca tentando ser o que lhe disseram para ser, enfim, isso não tem valor algum quando se compara a fome de alguém que não come por esporte na procura de um planeta onde possa ter o que nunca quis e ser o que mais odeia, isso, o que mais odeia, não, o que mais odeia, o que mais ama, tudo é tão relativo para uma planta que aguarda o regador numa manhã quente de verão para não presenciar o grande ato de fé da câmera catalogada numa estante de livros sujos e surrados que nunca serão lidos por quem tem menos de 40% de seu cabelos brancos para espantar pernilongos que não são insetos comuns, mas uma eternidade mutante de papéis que aguardam serem escritos e amassados tendo como destino final uma cesta de lixo embora nela ele não se decomponha tão facilmente colando-se numa janela de carro, não estou aqui, mas já estive e não voltarei, com medo de não querer sair, é um lugar quente e confortável o suficiente para me abrigar em época de guerra, diferenciando os porta-retratos virados para baixo, talvez para esconder a lembrança de um passado feliz.

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